ECSTASY



Apresentação


O ecstasy é uma droga de recreio derivada dos anfetamínicos e que possui uma composiçao semelhante à de alguns alucinogénicos tendo, por isso mesmo, uma alucinogénica, psicadélica e estimulante.
Esta droga é, geralmente, consumida por via oral embora possa também ser injectada ou inalada; surge em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou pó podendo apresentar diversos aspectos, tamanhos ou cores. Esta é uma variedade que se verifica também na sua composição e que faz com que, muitas vezes, os seus consumidores não saibam, ao certo, o que estão a tomar.




Origem





Quimicamente, o ecstasy também conhecido por pastilha, Adão, Lovedove, entre outras, é composto principalmente por metilenodioxidomentanfemina (MDMA), uma substância cuja síntese foi descoberta na 1ª década do sec. XX, nos laboratórios alemães Merck. Em 1914 foi patenteado como inibidor de apetite, mas não chegou a ser comercializado. Só nos anos 50/60 é que foi utilizado pela polícia em interrogatórios e auxiliar nas terapias de casal e em grupo, já que acalmava a raiva, desenvolvendo sensações de bem-estar e empatia. Nos anos 60 e 70 conseguiu grande popularidade entre a cultura underground Californiana e os frequentadores de discotecas. Esta substância inicialmente foi consumida em Ibiza e nos países do mediterrâneo, no contexto da noite de música electrónica. O consumo espalhou-se mais tarde, até Inglaterra e Holanda, onde surge a nova cultura de Rave entre os jovens.







Efeitos





O ecstasy actua mediante o aumento da produção e diminuição da reabsorção da serotonina, ao nível do cérebro. Os seus efeitos surgem cerca de 20 a 70 minutos após o consumo alcançando a fase de estabilidade em 2 horas. O consumo de ecstasy leva a um aumento da sensibilidade sensorial, provoca agitação e excitação bem como desinibição e socialidade.
Provoca, igualmente, uma sensação de intimidade e de proximidade com outras pessoas, aumento da percepção de sensualidade, aumento da capacidade comunicativa, loquacidade, euforia, despreocupação, autoconfiança, expansão da perspectiva mental, incremento da consciência das emoções, diminuição da agressividade ou perda da noção de espaço.
A nível físico, provoca taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar, tremores, transpiração, cãibras ou dores musculares.
Os efeitos desaperecem cerca de 4 a 6 horas após o consumo com possibilidade de consequências residuais nas 40h posteriores ao consumo.




Riscos





A longo prazo, o consumo continuado de ecstasy provoca cansaço, esgotamento, sonolência, deterioração da personalidade, depressão, ansiedade, ataques de pânico, má disposição, letargia, psicose, dificuldade de concentração, irritação ou insónia. Em casos mais graves, o consumo poderá ter como consequências arritmias, morte súbita por colapso cardiovascular, acidente cérebro-vascular, hipertermia, hepatotoxicidade ou insuficiência renal aguda.
Quando acompanhada de actividade física, o consumo provoca desidratação, hipertimia e aumento da temperatura corporal a qual, por sua vez, poderá provocar hemorragia interna.




Tolerância e Dependência





A utilização continuada de ecstasy poderá levar ao desenvolvimento de tolerância. Poderá depêndencia psicólogica embora ainda não existam dados conclusivos no que respeita à dependência física.